E Felipão caiu...

E Felipão caiu no Chelsea. Com resultados e atuações bem abaixo das espectativas dos dirigentes e da torcida e em atrito com jogadores Felipão perdeu o cargo no Chelsea, na última terça-feira, poucas horas antes do amistoso em que o Brasil derrotou a Itália no estádio do Arsenal em Londres.
Embora discorde, devo admitir que a atitude do dono do time (Roman Abramovic) é coerente com a política que ele adota: resultados imediatos ou demissão. Foi assim com o português José Mourinho (que conquistou os dois primeiros títulos do Chelsea depois de 50 anos) e com o israelense Avan Grant (que levou o time de Londres a final da Liga dos Campeões, batido pelo Manchester United na disputa de pênaltis). É o modelo de administração que acha que o dinheiro compra e pode tudo.
No futebol, como na vida, nem sempre é assim. É necessário trabalho e paciência. Claro que o dinheiro ajuda muito, mas não compra tradição e conquistas. Um exemplo claro é o Manchester United, comando a mais de vinte anos pelo mesmo técnico (Sir. Alex Ferguson). A administração calcada em grandes somas de dinheiro pode até produzir alguns resultados imediatos, mas logo atinge o teto e começa a decadência. Parece que é o caso do Chelsea. Quis de uma hora para outra atingir o status de clubes como Manchester United e Liverpool. Mas para isso é necessário alguns anos.