Palácio das Artes, Belo Horizonte, 19 de março de 2009, quinta-feira. Apresentação da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. No programa: A força de um Destino, de Giuseppe Verdi, as Quatro últimas canções de Richard Strauss e, encerrando a Sinfônia Nº 1 de Vasily Kallinikov.
O ápice do espetáculo foi a participação da soprano Eliane Coelho, nas canções de Strauss.
Antes do espetáculo fico a observar as pessoas e conversar com minha mãe, que estava em minha companhia. Como em Belo Horizonte é quase impossível ir a um espetáculo ou qualquer local público sem encontrar alguém conhecido, tive a oportunidade de ver o professor Rui Edmar Ribas, que foi professor de História da América e paraninfo da minha turma, no curso de História, do UNI-BH. Pela distância no tempo e a formalidade do momento não fomos além de um rápido cumprimento. Duas senhoras de meia-idade sentadas atrás de mim conversavam intensamente até o tempo limite. Um senhor de pé, duas filas a frente, é puxado pela parte de trás da calça pela senhora que o acompanha e senta-se. A casa encontra-se repleta.
Regida pelo Maestro Fábio Mechetti, a orquestra inicia o espetáculo. Passo a minha atenção a orquestra, o movimento de seus componentes, que alternam intensidade e suavidade. Estou do lado esquerdo da platéia, bem próximo do palco, mais próximo dos violinos. Como já tinha observado nos concertos anteriores, algumas componentes, além da sua competência, destacam-se pela beleza. Desta vez não tive a fortuna de assentar próximo aos violoncelos, que encontram-se ao lado direito da platéia. Tocam estes instrumentos dois ou três belos espécimes do sexo feminino que tornam qualquer audição ainda mais agradável. Realça a beleza de uma violoncelista loira, praticamente albina, de belíssimo corpo, elegante em seu vestido preto. Mesmo em lado oposto tento dar-lhe uma espiada em seus movimentos e no de suas companheiras, já que o instrumento que gosto mais em uma orquestra é o violoncelo. Alterno entre o que está próximo o o que está distante.
Com a entrada da soprano Eliane Coelho concentro-me no centro do palco. Com sua voz marcante é difícil observar qualquer outra coisa.
Chega o intervalo e, talvez, pelo número de insuficiente de pessoas no atendimento da lanchonete e insuficiência de sanitários várias pessoas chegaram atrasadas para a segunda parte do espetáculo..
Após o intervalo, foi executado a Primeira Sinfônia de Kallinikov.
Não tenho dúvida que espetáculos da qualidade dos que são apresentados pela Orquestra Filarmônica valem os R$ 25 ou R$ 40 (conforme o lugar) a cada quinze dias, tranqüilamente. Ou melhor, não tenho dúvidas que contribuem para divulgar a beleza da Música Erudita.
Labels: Eliane Coelho, Kallinikov, Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Richard Strauss, Verdi