Equipes

Infelizmente não deu para a as brilhantes e valentes meninas brasileiras do futebol. Enfrentando as campeãs mundiais, da Alemanha, acabaram perdendo por 2 a 0. Jogaram de igual para igual contra as poderosas adversárias, que possuem um futebol feminino altamente organizado em sua estrutura, ao contrário das brasileiras.

O futebol brasileiro feminino não conta com o menor apoio, não possui sequer um campeonato, organizado pela CBF. Mesmo assim as brasileiras chegaram a final, goleando a poderosa seleção norte-americana, com show de bola de Marta. No jogo de hoje, ambas as equipes tiveram chances de marcar ainda no primeiro tempo. O Brasil chegou a mandar uma bola na trave, com Daniele Alves.

No segundo tempo, logo no inicio as alemãs abriram o placar logo no inicio, com Prinz. Aos 18 minutos, o Brasil teve a chance de empatar, com um pênalti, cobrado pela genial Marta e defendido pela espetacular goleira alemã, Angerer. No final, Laudher definiu o placar para as alemãs.

É triste, mas o vice-campeonato é motivo de orgulho para nossas meninas que não intimidaram diante todas as dificuldades e as superaram com humildade e dedicação. Além de um futebol extremamente bonito. Foi exatamente o oposto do que ocorreu com o futebol masculino.

PS

O julgamento do Coelho vai ser hoje. Provavelmente vai pegar uma pena pesada, uma vez que o Tribunal julga de acordo com o desejo da mída de São Paulo e Rio de Janeiro. Também o atacante Marinho e o técnico Emerson Leão, além do Atlético vão ser julgados e também devem ser condenados pela sanha da imprensa e pelo desejo do desembargador em aparecer.

Enforca o foca

O drible (chamado de drible da Foca) do Kerlon, atacante do Cruzeiro e a falta cometida pelo lateral Coelho, mostram bem a que ponto a falta de ética e o sensacionalismo dos profissionais da mídia podem chegar. Mostram também a hipocrisia e a preguiça de pensar de boa parte do publico brasileiro. Um tranco um pouco mais forte que o defensor deu no atacante para interromper a jogada foi motivo de notícia nos principais noticiários e periódicos do Brasil. O lateral foi punido com cartão vermelho direto, pelo arbitro Evandro Rogério Roman, que apitou a vitória do Cruzeiro sobre o Atlético por 4 a 3. Mas a crônica esportiva do Brasil se julgou no direito de tratar o Coelho como se fosse bandido. De repente o lateral atleticano passou a ser responsável por todos os problemas do Brasil. O procurador do STJD, Paulo Schimit resolveu a posar de defensor da moralidade no futebol (poderia posar com uma melancia no pescoço na Praça 7) e decidiu denunciar o Coelho por agressão ao adversário e não por jogo violento, como foi relatado pelo arbitro na súmula.
As pessoas, com preguiça de pensar, aceitaram o tratamento que a imprensa deu de uma falta relativamente comum no futebol, como uma tentativa de homicídio. O que queriam que o Coelho desse licença para que o atacante fosse batendo bola até dentro do gol? Pode ter certeza: a maioria das pessoas que opinaram contra o Coelho, caso o time delas estivesse perdendo o clássico, desejariam que algum defensor matasse o atacante, “batesse um tiro de meta” com a cabeça dele ou no mínimo “arrancasse” os joelhos. Eu não tinha nada contra o drible. Apenas achava que fosse um exagero o tratamento da falta como se fosse uma agressão. Depois disso passei a torcer para que um urso coma o Foca (no bom sentido). Ou estoure-lhe os joelhos.